Elara percebeu que algo estava errado antes mesmo de conseguir nomear o motivo.
Não foi um pensamento claro. Foi uma sensação. Um aperto estranho no peito, como se o ar tivesse ficado mais denso ao redor dela desde que saíra do prédio naquela noite.
O carro avançava pela avenida iluminada, e, ainda assim, ela se sentia exposta demais.
O celular vibrou em seu colo.
Leon.
LEON: Você saiu sozinha?
Ela franziu a testa e respondeu:
ELARA: Sim. Por quê?
A resposta demorou segundos a mais do que o normal.
LEON: Porque alguém ligou para mim há pouco. Número privado. Não falou nada. Só desligou.
O estômago dela revirou.
Antes que pudesse responder, outra notificação surgiu.
Kael.
KAEL: Você já chegou em casa?
Ela hesitou antes de digitar.
ELARA: Ainda não. Estou a caminho.
O indicador de “digitando” de Kael apareceu quase imediatamente.
KAEL: Manda sua localização. Agora.
O tom não era controlador. Era alerta. Preciso.
— Ótimo… — ela murmurou para si mesma, sentindo o coração acelerar.
Elara c