O resto da semana passou como um borrão — reuniões, relatórios, olhares evitados e outros que eu não conseguia deixar de responder.
Eu tentava manter distância, tentava agir como se nada estivesse acontecendo.
Falhei miseravelmente.
Leon estava mais presente do que nunca. Ele não forçava conversas, não pressionava respostas. Mas bastava estar no mesmo ambiente que eu para me desestabilizar. Era como se cada silêncio entre nós fosse carregado de memórias que eu fingia não lembrar.
Já Kael…
Kael era o oposto.
Ele não pedia espaço. Ele tomava.
Não gritando, não exigindo — mas com presença, postura, olhar. Ele dizia muito sem abrir a boca, sem se mover um centímetro.
E talvez isso fosse pior.
Porque Kael não precisava pedir atenção para tê-la.
Ele era a distração.
Na manhã de sexta, cheguei mais cedo do que o normal. Ou pelo menos achava que tinha chegado cedo.
Mas ao abrir a porta da sala de reuniões menor — onde eu pretendia revisar alguns documentos antes da reunião geral — encontrei K