Sete dias haviam se passado desde o acidente, e, a cada amanhecer, Ethan sentia a vida retornando pouco a pouco. O corpo ainda reclamava com dores persistentes. A perna seguia engessada, o movimento limitado, os músculos fracos… mas o coração, esse parecia mais forte do que nunca.
Helen permanecera com ele todos os dias.
Estava lá nos exames, nas fisioterapias, nas madrugadas mal dormidas. Não importava se chovia, se o dia era longo, ou se ela própria estava exausta. Helen aparecia com flores frescas, com um novo livro, com sopa quente, com aquele olhar que dizia “estou aqui”, mesmo sem palavras.
Ethan fazia tudo que ela mandava. De bom grado.
Nem mesmo quando ela o proibiu de comer bolachas recheadas escondidas na gaveta de cabeceira, ele ousou desobedecer. Porque cada gesto dela carregava mais que zelo. Carregava amor. E ele sabia: reconquistar a confiança dela era o maior projeto de sua vida.
Naquela tarde, o sol entrava preguiçoso pela janela do quarto. Helen trocava as flores da