— Se você tiver algo para fazer, vá em frente. — Disse Túlio, enquanto segurava uma xícara de chá.
Era um chá feito com ervas medicinais chinesas. Foi Karina quem pediu para que preparassem para ele, já que os efeitos colaterais dos soníferos eram muito fortes. Este chá tinha um bom efeito; depois de o tomar, Túlio conseguia dormir por três ou quatro horas à noite.
— Eu não sou criança, não preciso que alguém fique me cuidando o tempo todo.
Na verdade, ele sabia que Karina iria embora, mas voltaria. Onde havia expectativa, havia esperança também.
Karina se virou para ele:
— E se eu te disser que não estou com pressa de fazer outras coisas, mas sim com medo de que o tempo passe rápido demais?
— O quê? — Túlio ficou surpreso. — O que quer dizer com isso?
Karina balançou a cabeça:
— Eu também não sei o que quero dizer, nem sei o que quero.
Karina estava bastante confusa naquele momento. Ela não explicou claramente, mas Túlio suspeitava que tinha a ver com Ademir.
— Vocês brigaram? Por min