— Não precisa ter pressa. — Filipe disse com ternura. — Eu espero por você, acha que ainda tenho forças para sair correndo?
Patrícia ficou sem palavras. Como ele falava bonito...
Se ela não soubesse da verdade, talvez realmente acabasse se deixando enganar por aquela encenação.
— Não pense demais. — Filipe falou com preocupação. — Primeiro, você precisa recuperar o corpo. Caso contrário, como é que eu vou ir na sua casa para pedir aos seus pais que deixem você comigo?
Ele pareceu se lembrar de algo e perguntou:
— Aliás, por que seu estômago ficou ruim?
Toda doença tinha uma causa.
O médico até havia perguntado antes, mas Filipe não sabia de nada.
— Ontem eu cheguei tarde... Será que você comeu alguma coisa estranha no jantar?
— Não. — Patrícia balançou a cabeça, um tanto desconcertada. — Quem prepara as refeições todos os dias é a Keila. Que motivo eu teria para ficar mal?
— Isso é estranho. — Comentou Filipe.
— O que é que tem de estranho? — Patrícia retrucou. — Às vezes, a imunidade