POV Niyati
Era um fim de tarde quando o telefone tocou, e a voz trêmula da minha mãe do outro lado já fez meu peito apertar, uma pressão gelada que tomou conta do meu corpo.
— Filha...
— Oi, mamadi... — minha voz tremeu de medo — O que houve?
— Niyati… seu avô Conrad… — prendi a respiração esperando a notícia que meu coração já sabia — Ele se foi.
As palavras chegaram como um golpe surdo, um trovão que rasgou o céu silencioso da minha alma. O homem que eu tanto amava, meu porto seguro, meu exemplo, meu melhor amigo, tinha partido. Nas vésperas das provas mais importantes da minha vida. Um momento que parecia tão crucial, e agora parecia pequeno diante daquela ausência.
Sentei no chão do meu quarto, as costas encostadas na parede fria, as mãos tremendo enquanto tentava entender o que tinha ouvido. As semanas de estudo intenso, o cansaço, a pressão, tudo se transformou em um peso esmagador sobre meu coração. Queria gritar, queria fugir, queria desaparecer. Como seguir em frente sem ele?