O telefone vibrava insistentemente na mão de Matteo. Ele atendeu com a respiração ainda descompassada, os olhos evitando os de Sophie, que aguardava em silêncio.
— Alessandro? — a voz saiu grave, quase ríspida.
Do outro lado, o tom sério do delegado não deixava espaço para dúvidas:
— Matteo, preciso que você fique em alerta. Um dos meus sargentos jurou ter visto Leonardo na calçada do prédio de vocês há menos de uma hora. Tentamos alcançá-lo, mas ele escapou antes de qualquer abordagem.
Matteo fechou os olhos, engolindo o palavrão que lhe subia à garganta.
— Merda… você tem certeza?
— Absoluta. Ele está por perto. Não sabemos o que está planejando, mas é perigoso. Eu precisava te avisar. Mantenha Sophie dentro do apartamento, não a deixe sozinha nem por um segundo.
O coração de Matteo disparou ainda mais forte do que quando pensara tê-la perdido minutos antes.
— Pode deixar. Eu cuido dela. — E desligou.
O silêncio que ficou entre os dois era quase palpável. Sophie, ainda ofegante pelo