O caminho terminou numa pequena praça escondida, cercada por fachadas antigas e silenciosas. No centro, uma fonte de pedra, coberta por musgo, jorrava água clara que caía em um compasso lento e relaxante. Ao redor, vasos com flores coloridas e mesas de um café que ainda despertava.
— Aqui — disse Matteo, parando ao lado dela. — É um dos meus lugares preferidos. A luz bate de um jeito único pela manhã… parece que o tempo desacelera.
Sophie ajeitou a câmera e começou a fotografar. A luz dourada refletia nas janelas, nos arcos da fonte, nas pétalas molhadas pelo orvalho. Matteo observava em silêncio, até que se aproximou, inclinando-se levemente para ver pela lente.
— Você enxerga mais do que a cidade… vê a alma dela — disse, num tom baixo, quase íntimo.
Sophie sentiu o calor das palavras e do olhar dele. Um calor que não vinha apenas do momento, mas de algo mais profundo, quase perigoso para o que ela estava acostumada a sentir. Por um instante, deixou-se envolver… até que uma lembrança