Siena Dal
Acordei com o sol da manhã de domingo filtrando-se pela janela e com a sensação mais luxuosa do mundo: o peso do braço de Wei sobre minha cintura. Ele ainda estava dormindo, o rosto relaxado e livre das tensões que eu costumava ver em nossas chamadas de vídeo. Ele parecia mais jovem. Em paz.
Não resisti. Comecei a traçar as linhas de seu rosto com a ponta do dedo: a sobrancelha forte, a linha reta de seu nariz, a curva de seus lábios. Ele se mexeu, um murmúrio baixo em sua garganta, e me puxou para mais perto, o nariz enterrado em meu cabelo.
—Bom dia—, ele sussurrou, a voz rouca de sono.
—Bom dia—, respondi, virando-me para encará-lo.
O beijo que se seguiu não tinha a fúria da noite anterior. Era lento, preguiçoso e profundo. Um beijo de bom dia que se estendeu por minutos, uma redescoberta de sabores e texturas. Suas mãos passeavam lentamente por minhas costas, enquanto as minhas exploravam o calor de seu peito.
—Eu tenho um plano para hoje—, eu disse contra seus lábios.
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