Siena Dal
No momento em que os lábios de Wei encontraram os meus, o mundo exterior deixou de existir. Não havia Xangai, não havia Milão, não havia famílias desaprovadoras ou impérios de mídia. Havia apenas nós. Apenas ele.
O beijo não foi gentil. Foi uma colisão. Uma batalha de línguas e dentes, cheia da frustração de meses de separação. Suas mãos subiram pelo meu moletom, agarrando minha cintura, puxando-me com tanta força contra ele que eu mal conseguia respirar. Eu não me importava. Eu o queria mais perto.
Minhas mãos estavam em seu cabelo, puxando, sentindo a textura familiar. Eu arranquei seu boné, joguei-o no chão. Eu queria vê-lo. Todo ele.
Ele me levantou, minhas pernas se envolvendo em sua cintura por puro instinto, e me prensou contra a parede do corredor. O gesso frio em minhas costas era um contraste gritante com o fogo que se espalhava por minhas veias.
—Eu senti tanto a sua falta—, ele rosnou contra minha boca, as palavras mais um gemido do que uma declaração.
—Prove—, e