Siena Dal
O caminho de volta para o meu apartamento foi um borrão silencioso. A adrenalina da operação ainda corria em minhas veias, mas por baixo dela, havia uma nova sensação: triunfo. Havíamos conseguido. A primeira peça do dominó havia caído.
Lorenzo nos deixou na porta do meu prédio com um aceno de cabeça significativo. Assim que a porta do meu novo lar se fechou, isolando-nos do mundo, virei-me para Li Wei. A luz suave do corredor iluminava seu rosto, acentuando a tensão em sua mandíbula, o brilho da vitória em seus olhos.
– Nós conseguimos, – sussurrei, a enormidade do momento finalmente me atingindo.
– Sim, – ele disse, sua voz um barítono baixo que vibrou através de mim. – Nós conseguimos.
Ele deu um passo em minha direção, e o espaço entre nós ficou carregado, denso com a eletricidade não dita de tudo o que havíamos passado. O perigo, a farsa, o beijo, a noite anterior. Tudo convergiu para este momento de silêncio.
– Fique, – eu disse, a palavra saindo antes que eu pud