Siena Dal
Acordei com a luz suave da manhã e a sensação desconhecida de um braço pesado e quente sobre minha cintura. Por um momento de pânico sonolento, não soube onde estava. Então, o cheiro dele – uma mistura de seu perfume caro, suor e sexo – me atingiu, e as memórias da noite anterior vieram em uma avalanche. A fome, a rendição, a forma como ele sussurrou “Minha” no silêncio.
Virei-me lentamente e o encontrei me observando. Ele estava deitado de lado, apoiado em um cotovelo, seus cabelos escuros despenteados, caindo sobre a testa. Sem a armadura de idol ou a máscara de ator, ele parecia mais jovem, mais real. Havia uma suavidade em seu olhar que eu nunca tinha visto antes.
– Bom dia,– ele sussurrou, a voz rouca de sono.
– Bom dia,– respondi, minha própria voz um pouco tímida. Senti meu rosto corar sob seu olhar intenso.
Ele estendeu a mão e afastou uma mecha de cabelo do meu rosto, seus dedos demorando-se em minha bochecha. – Sem arrependimentos?– ele perguntou, a pergunta séria