Ximena Valverde O que eu estava fazendo? Me arrumando toda para sair com um cara que dizia gostar de mim em um dia e no outro, pedia privacidade com a noiva que insistia em dizer que terminou.Ele era um cafajeste e eu uma idiota!Me apeguei ao fato do jantar executivo, mentindo para mim mesma, me deixando levar pela lorota de Alejandro Albeniz. Para falarmos de negócios, não seria necessário dirigir por uma hora até um restaurante resorts, romântico, bucólico e com três estrelas Michelin.Mesmo tendo consciência de que tudo era uma maneira, um óbvio pretexto de Alejandro para ficarmos sozinhos, eu não via a hora dele chegar.Meu coração disparou assim que ouvi a buzina ressoar lá fora. — Mãe, diz ao Alejandro que já estou saindo. — Abri levemente a porta do quarto, pedindo à minha mãe, que estava na sala.Só faltava passar meus documentos para a carteira de mão. Ao sair, na sala, minha mãe encheu o meu ego.— Filha, você está linda!Já o meu pai…— Jantar de negócios? Sei… — disse
Alejandro Albeniz O vestido não colaborava para minha sanidade, um decote me dando a visão dos seios que tinham o tamanho certo, caberiam certinho na minha boca. A peça marcava a cintura fina com a saia mais solta, onde eu queria enfiar a minha mão por debaixo. Não consegui largar sua boca e tinha que me segurar para não assustar a mulher com meus desejos libidinosos. O aroma doce que emanava dela, me deixava mais inebriado e tonto de tesão.— Vamos ficar. — afastei minha boca da dela. — O bangalô daqui tem uma piscina térmica super relaxante. — e foi assim que eu cortei o clima.— Vocês, homens, são engraçados. — Ximena me empurrou de leve, me afastando. — Não podem ver uma mulher, que já pensam em sexo.— Não é uma mulher, como se servisse qualquer uma, eu desejo você. Apenas você.— Me leva para casa, por favor. — ela falou ríspida. Dessa vez, nem mesmo minha voz sussurrada ao pé do seu ouvido teve o efeito esperado.Apertei o botão da chave, destravando as portas, em seguida, ela
Ximena Valverde A gente saiu do heliporto em clima de romance, estávamos indo para o carro, quando o homem de traços angelicais e de olhar frio nos pegou no flagra. Soltei a mão de Alejandro rapidamente, não queria trazer problemas a ele, afinal, ele terminou recentemente com a entojada. Sem concordar comigo, de maneira afrontosa, ele jogou o braço sobre o meu ombro, me abraçando.— Faz tempo que não te vejo, Beto, bom dia!— Dia. — o tal Beto respondeu sem expressão.— Como estão as coisas por aqui? — Alejandro questionou.— Não tem recebido os relatórios? — Sim, mas estou perguntando a você. Quero saber de você.— Está tudo bem, assim como diz os relatórios. — falou com seu jeito robótico e saiu.E assim que o irmão dele saiu do nosso campo de visão, tirei seu braço do meu ombro.— Não foi certo o que fez.— Não devemos nada a ninguém, não há do que nos esconder.— Estamos em território da Granafly, tratamento impessoal, lembra? — ergui as sobrancelhas.— Sim e não. — ele fez um m
Alejandro Albeniz Tudo o que eu queria era ter acordado, tomado um banho, ficado um pouco à toa e só ter saído de casa para ir para o aeroporto. No entanto, para eu me ausentar por dois dias, de uma sexta-feita a uma segunda-feira, tinha que deixar tudo organizado. Eu cheguei super atrasado ao Hangar, eram 11h15. Procurei Ximena por tudo quanto foi lugar, depois pedi o registro de entrada e soube que ela não havia chegado, estava mais atrasada do que eu. Peguei o telefone e ligaria para ela, quando percebi muitas chamadas não atendidas. Meu telefone estava no silencioso. A mais insistente era kalima, a gestora de RH. Retornei a chamada em seguida e, sem muita demora, ela atendeu. — Alô!— Oi, Kalima, tive que ir no banco autorizar uma movimentação, acabei deixando o aparelho no silencioso.— Senhor Alejandro, minha dúvida é só para saber se eu mando o Iker Pavel no lugar da Ximena ou não.— Como? Aconteceu alguma coisa com a Ximena? — eu estava mais perdido do que cego em tiroteio
Ximena Valverde Pedi aos meus pais para ir embora, mas é claro que eles não fariam. Minha mãe me fez beber um dos seus chás poderosos e eu apaguei nem sei por quanto tempo. Levantei da cama, acreditando que eles já haviam ido para casa, mas ao sentir o aroma do refogado, sabia que ao menos minha mãe ainda estava aqui. Abri a porta do quarto e os dois estavam sentados na minha sala, assistindo TV. Era no mínimo inocente da minha parte pensar que as pessoas que me amavam, iriam embora e me deixariam no estado em que me encontrava. O meu quarto era bastante escuro, porque eu usava cortina blackout, foi só quando saí dele que me dei conta de que já era noite.— Se sente melhor, depois de conseguir dormir? — minha mãe perguntou e eu apenas fiz um sinal de positivo com a cabeça. — Vou arrumar algo para você comer.— Não precisa, mãe, realmente estou sem fome.Com ar de preocupação, minha mãe olhou para o meu pai e foi ele quem se dirigiu a mim dessa vez. — Senta aí, Ximena, vamos conver
Ximena Valverde Fiquei na dúvida se deveria deixar Raquel pensar que eu era uma retardada, que esqueceu o nome do hotel onde se hospedou, ou se falava a verdade para ela, que não viajei. Por fim, optei pela primeira opção, disse a ela que saí para visitar alguns lugares e esqueci o nome do hotel e foi assim que a secretária da presidência me disse que minha reserva era para o hotel Paris Monte-Carlo.Cheguei em Mônaco bem tarde, o voo que meu pai conseguiu foi às 6h00 da noite, incluindo as viagens de carro, demorei 4h para chegar aqui. Se ele não mudou de hotel, Alejandro estaria no quarto conjugado ao meu, ele deixou bem claro que se quiséssemos ficar juntos bastava abrir uma porta interna e a acomodação viraria uma só.Minha adrenalina estava bastante alta, eu apenas joguei as minhas coisas dentro do quarto e fui para o lado apertar a campainha, acabar logo com essa situação. Ou ele, magoado, me rejeitaria, ou nos aceitaríamos. E assim que Alejandro abriu a porta, sua reação foi d
Alejandro Albeniz Era real, ela estava deitada de bruços na cama, ao meu lado. Os longos fios negros esparramados de lado na colcha clara. Nua, apenas o lençol cobrindo até a cintura, as costas lindas com algumas pintas e sardas e a nuca perfeita, que beijei muito e queria beijar novamente. Mas a deixaria descansar.Ontem não tinha treinado, estava totalmente desanimado, hoje me sentia super bem e iria conhecer a academia do hotel. Saí, deixando Ximena dormindo serenamente, depois de tê-la feito gozar várias vezes ao longo da noite, me dando o prazer de vê-la satisfeita. Antes de ir para a academia, passei no restaurante para tomar o pré-treino, uns ovos mexidos e um iogurte apenas. Depois, tomaria café com ela.(...) Antes de subir para a acomodação, pedi um belo café no quarto. Lá na recepção, também pedi um guia de turismo, confesso que preferia ficar trancado com Ximena, amando seu corpo de todas as maneiras possíveis, no entanto, só tínhamos hoje para conhecer alguma parte de
Ximena Valverde O guia pediu que Alejandro o deixasse um pouco antes do hotel, acredito que ele tenha ido para casa descansar. Chegamos na recepção do hotel, Alejandro se dirigiu ao balcão para falar com a atendente.— Boa noite! Poderia me passar a chave que divide as acomodações 305 e 306?— O senhor está ocupando as duas acomodações?— Sim, minha namorada e eu. Alejandro Albeniz e Ximena Valverde. — ele apontou para mim, que estava logo atrás dele, a uma certa distância.— Sim, correto. Irei pedir ao chefe do almoxarifado para ir buscar. Em qual quarto entrego? — 305, por favor. Ele me pegou pela mão, entrando comigo no elevador e por lá botou para fora suas intenções. Nem tive tempo de pensar, ele já estava me espremendo na parede fria da caixa de metal.— Tem câmera, seu doido! — avisei enquanto ele massageava meu seio por cima do tecido do macacão.— Ok. — ele levantou as mãos em sinal de rendição. — Vou me comportar nesse um minuto que falta para a gente entrar no quarto. —