PAOLA BACKER

Durante o almoço John me olhava estranho. Depois de engolir uma porção de salada, abri a boca para saber o que ele estava pensando, mas calei quando o mesmo alcançou minha mão por cima da mesa.

— Seremos ótimos pais pra ela. Vou protegê-las de tudo e todos. Eu prometo. — Depositou um beijo demorado nos dedos.

Diante dessa promessa, lembrei do meu próprio pai, depois de mais de um ano, eu pensava nele quase todos os dias, e não conseguia chegar a uma conclusão, ele teria ou não sido um bom pai pra mim?

As lágrimas vieram lentas e frias, e John as enxugou com as costas das mãos.

— John...

— Não chore agora, vai se engasgar com a comida. — Acabei rindo no meio do choro.

— A culpa é sua. — Pus uma mexa do meu cabelo atras da orelha, segurei sua mão grande com força, mirei os familiares olhos verdes que me traziam amor e segurança. — Eu não duvido que você será um ótimo pai para a Dulce.

Unimos os lábios um no outro de forma respeitosa. Ele grudou a testa