73. VIDAS POR UM FIO
JOHN BACKER
Mudar para uma casa nova e longe da Esme foi a melhor escolha que fiz, a diferença na Paola foi instantânea, ela sorria muito mais, vivia leve. E isso sinceramente me dava arrepios as vezes, me pegava pensando no que acontecia com ela quando eu não estava em casa. Nenhuma das duas nunca me disseram o que de fato era feito, mas imagino que não era nada de bom.
Depois que nos mudamos, decidi deixar essa história para trás, pelo bem da Elise. A forma como a Esme não demonstrava interesse nenhum pela sobrinha que nasceria em breve me irritava, contudo ainda era meu dever como único homem da família não as deixar. Porém não permitiria nunca mais que se metesse na minha vida.
O dia mal amanheceu e eu já estava de pé fazendo alguns exercícios intensos para manter a forma física e clarear a mente. Gostava de levar meu corpo ao limite.
Quando terminei, tomei um banho gelado, vesti o uniforme e saí de casa. Andei a pé alguns poucos metros e comprei nosso café da manhã pronto, eu n