Vítor segurava o celular com firmeza, já com a chamada de vídeo do grupo aberta.
Virou a câmera para a traseira e, com passos leves e cuidadosos, foi se aproximando da porta.
Assim que encostou a mão na maçaneta, a porta se abriu sozinha, por dentro.
Juliana surgiu ali, olhando diretamente pra ele, com as sobrancelhas franzidas:
— O que você tá fazendo?
— Nada!
Vítor, no reflexo, escondeu o celular atrás das costas.
Mas já era tarde demais.
Pelo viva-voz veio a voz sarcástica de Thiago:
— Vítor, o que você tá aprontando? Acorda a gente de madrugada pra mostrar a nossa própria cara?
Vítor ficou em silêncio...
Juliana semicerrava os olhos, encarando o rosto suado e culpado de Vítor.
— Você tá fazendo... Uma live?
— Claro que não! Juro que não!
Enquanto Vítor se embolava nas desculpas, tentando pensar numa forma de sair da enrascada, o barulho da porta de entrada sendo trancada chamou a atenção dos dois.
Era Paulo.
Entrou com a maleta médica nas mãos e passos apressados.
— Cadê o Bruno?
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