— A Juliana ainda tá no hospital?
A pergunta de Gustavo pairou no ar.
Mas os dois policiais ao lado da cama continuaram em silêncio.
Olharam um para o outro, depois desviaram o olhar.
Gustavo franziu a testa.
“Isso é sério... Um leão enjaulado sendo ignorado por dois vira-latas.”
Era essa a sensação.
Dois minutos depois, a porta do quarto se abriu.
Joana entrou primeiro, os passos firmes, pesados.
Atrás dela, Bruno, com as mãos nos bolsos e o rosto despreocupado.
— Gustavo, será que um dia eu vou ter um minuto de paz? — Disse Joana, a voz fria como gelo.
O tom exalava cansaço. Não era mais raiva, era exaustão.
Desde o divórcio com Lucas, a vida parecia um longo corredor de problemas sem fim.
Se não era Bianca aprontando, era Gustavo envolvido em alguma confusão.
“Dois filhos, e nenhum consegue me dar um minuto de paz.
Todo mundo diz que, quando os filhos crescem, os pais finalmente podem descansar.
Mas, no meu caso, foi o contrário.
Talvez isso seja o preço por ter focado tanto na carr