Bruno não precisava que Paulo dissesse nada, ele já estava bem ciente da situação.
Na noite anterior, ao chegar em casa de madrugada, deu de cara com Gustavo tentando se aproximar de Juliana de novo.
Eles já estavam separados havia mais de um ano.
Mas Gustavo era insistente como um carrapato.
Grudava nela como se não tivesse dignidade.
Viviane… Que inútil.
Nem pra segurar o próprio homem.
Um brilho gelado passou rapidamente pelos olhos de Bruno.
Seus dedos, ao lado do corpo, se fecharam num leve movimento de tensão.
Mas ele não queria continuar nesse assunto.
Desviou com naturalidade:
— O Roberto ainda não chegou?
No final da madrugada, Juliana dormiu muito bem.
Se tivesse que apontar um único detalhe incômodo...
É que ela sonhou com Bruno. De novo.
E não era a primeira vez.
As vezes anteriores já tinham sido, digamos... Um pouco impróprias para menores.
Juliana espantou a lembrança, achando tudo aquilo absurdamente esquisito.
Levantou, foi direto escovar os dentes, se arrumar e, antes