Meia hora antes.
Viviane já estava prestes a dormir quando a porta do quarto foi aberta bruscamente por um homem.
Ele disse que precisava levá-la para ver alguém.
Ao ouvir que esse alguém era Gustavo, Viviane deu vários passos para trás, apavorada, recusando-se terminantemente a ir.
O que aconteceu naquele dia tinha deixado nela uma marca profunda e irreversível.
Ela ainda queria viver.
E tinha certeza. Gustavo quisera matá-la de verdade.
O cuidador sorriu de leve.
— Srta. Viviane, eu só estou lhe informando. Não estou pedindo a sua permissão.
Viviane apertou as mãos com força. As feridas que já estavam quase cicatrizadas se abriram novamente.
A dor fez seu rosto ficar branco como papel, o corpo tremendo incontrolavelmente de medo.
O cuidador continuou, em tom quase gentil:
— Srta. Viviane, não precisa se assustar. Eu esqueci de contar um detalhe... O Sr. Gustavo perdeu parte da memória, de forma intermitente. Ele não se lembra mais da senhorita.
Viviane congelou.
Perda de memória?
Gus