Nos olhos de Juliana não havia nada além de frieza. E um certo desprezo.
— Ju... Tá doendo... — Murmurou Gustavo, encarando-a.
As emoções em seu olhar mudavam a cada segundo. O tom vulnerável em sua voz contrastava violentamente com a imagem agressiva que havia mostrado minutos antes.
Ele tentava, desesperadamente, arrancar um pingo de compaixão dela.
“Se a Ju ainda estiver do meu lado... Se ela ainda se importar... Eu posso esquecer tudo isso.”
Mas a realidade foi mais cruel do que qualquer suposição.
Ela sequer piscou.
Nada mudou na expressão dela.
Como se aquela dor que queimava dentro dele não tivesse qualquer importância.
Naquele instante, uma dor sufocante tomou conta do peito de Gustavo. Como se uma fera selvagem o rasgasse por dentro.
Seu braço caiu, sem forças.
Cambaleou dois passos para trás, como se tivesse perdido a alma.
Toda a arrogância anterior desapareceu.
Ele deveria estar com raiva. Deveria descontar tudo, até mesmo nela.
Mas não conseguia.
Ele a amava demais.
Por qu