O celular de Juliana estava no modo silencioso.
Quando o aparelho começou a vibrar em sua mão, Gustavo lançou um olhar rápido para ela, que dirigia com foco total na estrada.
Com o coração apertado, ele recusou a chamada discretamente.
— A senha são seis meia.
Só então Juliana percebeu que ainda não tinha contado a senha para Gustavo. Quando falou os números, foi como se cravasse uma estaca gelada direto no coração dele.
Era como se milhares de agulhas de prata, finas e frias, atravessassem cada centímetro do seu peito.
A dor apertava o peito dele de um jeito sufocante.
Antes, todas as senhas de Juliana tinham a ver com ele.
Ou era a data de nascimento dele, ou o dia em que começaram a namorar.
E mais: Gustavo sempre teve acesso total ao celular dela. A senha da tela, os aplicativos, as contas, tudo ficava ao alcance dele, sem precisar pedir.
Juliana nunca teve segredos com ele.
Mas agora...
Ela tinha mudado a senha.
No passado, ele achava essas coisas bobas demais. Chegou a brigar com