O tempo passava, segundo após segundo.
Mais uma hora se esvaiu.
E quanto mais o relógio avançava, mais delicada e perigosa se tornava a situação de Carolina.
Hildo franziu a testa com força. Seu olhar percorria cada canto do ambiente, atento, procurando qualquer possível esconderijo ou uma rota de fuga que escapasse das câmeras de segurança.
— Policial Hildo.
Uma voz feminina, fria e serena, soou repentinamente em seu ouvido.
Hildo virou-se de imediato.
— O que foi?
Diante dele, estava uma mulher de rosto limpo, sem maquiagem. Seus cabelos negros contrastavam com a pele clara. Mesmo vestindo roupas simples e discretas, havia nela uma elegância natural, impossível de ignorar em meio à multidão.
O coração endurecido de Hildo suavizou-se sem que ele percebesse.
— Quem levou a Carolina... Acho que foi o Felipe Rodrigues.
No momento em que o nome foi dito com clareza, o rosto de Raul empalideceu instantaneamente. Ele avançou num ímpeto, tentando empurrar Juliana, mas Hildo se colocou à fren