Depois de escolher os pratos, Leonardo ainda teve a ousadia de completar, em um tom quase de reclamação disfarçada:
— Mila, esse restaurante é bem caro, viu? Se a gente não se segurar, esse mês vamos ter que viver de pão e água.
Maia não conseguiu segurar a risada sarcástica que escapou dos lábios, ecoando como um tapa na cara de todos ali.
— Quem foi que te disse que toda mulher precisa fazer dieta? Hein? Você come às custas da minha prima, vive do dinheiro dela, e ainda tem coragem de vir dar lição aqui? Quem você pensa que é?
As palavras dela foram afiadas como navalha, cortando o ar pesado que pairava sobre a mesa.
O desprezo de Maia era tão claro, tão evidente, que o ambiente ficou imediatamente carregado de tensão.
O silêncio se instalou de forma incômoda, sufocante.
Camila, pálida, sussurrou num fio de voz:
— Prima...
Mas Leonardo, tentando bancar o protetor, segurou a mão dela com força, como se a defendesse do mundo, e respondeu com um tom de falsa calma:
— Olha, prima, eu sou