Camila ficou completamente atônita com o esporro.
Sentada ali, imóvel, demorou longos segundos para reagir, enquanto os olhos se enchiam de lágrimas, formando uma névoa que a fazia piscar sem parar.
Seus ombros tremiam discretamente, e ela não sabia nem por onde começar a responder.
Mas Maia, com o coração duro como pedra, não estava disposta a aliviar.
— Prima...
— Não me chama de prima! Eu não sou sua irmã!
Para Maia, o que Camila estava fazendo já ultrapassava qualquer limite.
Um relacionamento onde só um dá tudo e o outro só suga, ela não aceitava nem calada, nem fingindo.
Um namoro em que ela bancava tudo enquanto o cara posava de coitadinho? Era o cúmulo do ridículo.
— Ele tem dívida de casa e carro? E o que isso tem a ver com você, Camila?! Você acha que ele comprou essas coisas por sua causa? Acha que sem você ele não teria que pagar? Acorda, Camila! Ele comprou porque quer se casar, e quem vai morar lá pode ser QUALQUER UMA! Não precisa ser você!
O sangue de Maia fervia, o c