— Sr. Gustavo, se não tá usando os olhos, melhor doar para quem precisa.
Juliana desligou a tela do celular com calma e ficou ali, de pé, com uma postura relaxada, encarando o cerco dos três sem demonstrar o menor sinal de medo.
Quanto mais ela se mantinha tranquila e desafiadora, mais a irritação crescia no fundo do peito de Gustavo.
Afinal, Juliana já não tinha mais nada.
Então, de onde vinha tanta arrogância?
Quem dava a ela essa coragem?
Bruno?
Por um momento, Gustavo cogitou essa hipótese, mas logo descartou.
No meio de toda a confusão nas redes sociais, Bruno parecia mais empenhado em jogar lenha na fogueira do que apagar o incêndio.
Impossível ser ele.
Então, só podia ser...
Vítor!
O nome explodiu na mente de Gustavo como um alarme.
Na mesma hora, ele cerrou o punho com tanta força que os nós dos dedos estalaram.
Deixou escapar uma risada seca, carregada de sarcasmo:
— Juliana, você é mesmo incrível, hein?
Se agarrou com um, depois com outro, como se não houvesse amanhã!
“Até