Juliana tinha uma beleza fria, quase etérea, como se não pertencesse a este mundo.
Mas, ao contrário da aparência distante, suas palavras e atitudes desafiavam qualquer lógica.
Quando ela decidia ir até o fim, não havia quem a segurasse.
E os três ali, diante dela, sabiam disso muito bem.
Bastou uma única frase de Juliana para fazer os três serem tomados por lembranças amargas do passado.
Entre eles, quem mais demonstrava desconforto era Gustavo.
Seu rosto estava fechado, sombrio como tinta derramada, e os olhos faiscavam com um ódio que parecia prestes a explodir.
Apesar de estar sozinha contra os três, era Juliana quem claramente tinha o controle da situação.
Um verdadeiro um contra três, mas quem saía por cima era ela.
No meio daquele impasse tenso, o celular de Viviane começou a tocar.
Ela atendeu com as mãos trêmulas, e, em questão de segundos, o rosto perdeu toda a cor, ficando pálido como papel.
Os ombros dela tremiam levemente, como se o corpo não aguentasse o peso do que acaba