De repente, uma voz ecoou atrás de Juliana.
— Benjamin, é mesmo você?! Quando foi que voltou para o país?
O som familiar fez com que Juliana apertasse instintivamente a borda do copo.
Ela abaixou os olhos, ocultando a expressão complicada que passou por seu olhar.
Viviane se aproximou, animada. Ao notar a confusão no rosto de Benjamin, apresentou-se com naturalidade:
— Sou eu, Vivi! Viviane.
Benjamin a observou por alguns instantes, até que finalmente conseguiu recuperar na memória as lembranças relacionadas a Viviane.
Naquela época, ela era apenas uma estudante de origem humilde, sustentando-se com trabalhos temporários. Resiliente e determinada, enfrentava as adversidades sem nunca perder seu espírito de luta.
E por que ele se lembrava tão bem disso?
Porque certa vez, ao sair da biblioteca, escutou três frases ditas por ela com uma indignação tão forte que ficaram gravadas em sua mente:
“Primeiro, eu não me chamo "ei"! Meu nome é Viviane.”
“Segundo, estou ocupada. Não perca meu tempo