Bianca estava completamente suada.
As mãos, escondidas atrás das costas, se entrelaçavam nervosamente, tomada por uma inquietação extrema.
Se soubesse que seu tio Bruno estava aqui, ela jamais teria vindo, nem mesmo para pagar a fiança de sua melhor amiga!
— Tio Bruno, isso deve ser um mal-entendido! Me deixe explicar!
Ela começou a procurar na cabeça alguma desculpa plausível.
Mas Fábio era mestre em desmontar desculpas esfarrapadas.
Ele saiu da sala de descanso em um segundo, com os braços cruzados e um olhar cínico.
— Explicar é o mesmo que esconder. E esconder é o mesmo que inventar história. Bianca, olha só o tipo de gente que você chama de amigo!
Afinal, ela era a herdeira da família Costa. Como tinha conseguido se desviar tanto do caminho certo?
Aqueles caras, com tatuagens baratas, sem educação alguma, soltando palavrões a cada frase…
Só de olhar, Fábio já se sentia sujo.
E Bianca não só os chamava de amigos, como ainda vinha pagar fiança por eles?!
Quem estava louco aqui? Bian