— Juliana, eu realmente te subestimei!
A voz rouca de Gustavo transbordava fúria contida, sua respiração pesada quase escapando entre os dentes cerrados. Ele envolveu a cintura fina de Juliana por trás com firmeza, sem dar espaço para que ela escapasse.
Juliana se assustou.
A lanterna que segurava escorregou de seus dedos e caiu no chão, rolando para o lado com um som oco.
O aperto possessivo em sua cintura era impossível de ignorar.
— O Paulo te descartou, então você resolveu correr para os braços do meu tio? Juliana, você não tem vergonha?
Essa não era a primeira vez que ele via os dois juntos.
No passado, até chegou a desconfiar, mas logo afastou essa ideia, Bruno e Juliana pertenciam a mundos completamente diferentes. Era simplesmente impossível que houvesse algo entre eles.
Mas naquela noite… Ao vê-los saindo do carro juntos, sua certeza começou a vacilar.
Uma irritação crescente tomou conta do seu peito.
Quando percebeu que Juliana havia entrado sozinha na adega, ele não hesito