Não importava o que Juliana dissesse ou fizesse, para Maia, tudo não passava de uma desculpa esfarrapada.
Cerca de quarenta minutos depois, uma mensagem de Bruno apareceu na tela do celular.
[Bruno: Desce.]
Apenas uma palavra. Simples e diretas.
Quando Juliana se levantou, Maia não esperou uma explicação e acenou com as mãos, toda generosa:
— Vai, vai logo! Corre para os braços do seu amado!
Às vezes, as pessoas realmente falam demais.
No térreo.
Bruno estava encostado no capô do carro. Sua longa capa preta acentuava sua silhueta esguia.
A cabeça ligeiramente inclinada se ergueu ao ouvir os passos.
Sob os fios negros e levemente bagunçados, suas feições refinadas e marcantes se destacavam.
Os óculos de armação dourada lhe conferiam um ar culto e sofisticado.
Juliana reprimiu a surpresa que brilhou em seu olhar e perguntou, com cortesia:
— Sr. Bruno, aconteceu alguma coisa?
— Sr. Michel pediu para eu vir te buscar.
Juliana ficou em silêncio.
Ontem, Sr. Michel já havia mencionado que ma