O silêncio caiu como um peso sobre o ambiente.
O rosto de Joaquim alternava entre o vermelho e o branco, seus punhos cerrados de raiva e vergonha, como se a vergonha o envolvesse por completo.
Ninguém esperava que Bruno fosse agir de forma tão drástica, segurar a mão de Juliana e estalar um tapa no rosto de Joaquim, sem a menor hesitação.
Na Cidade A, mesmo que a família Rodrigues estivesse em decadência, o casamento iminente com a família Costa ainda lhes garantia um certo prestígio.
Mas, com esse único gesto, Bruno havia pisoteado publicamente a dignidade deles, sem a menor cerimônia.
— Irmão, você tá bem? Está doendo muito? — Viviane finalmente recobrou os sentidos e, hesitante, tentou tocar o rosto de Joaquim.
Ele, no entanto, se afastou de imediato, a expressão fechada.
Joaquim tinha trinta e dois anos.
Desde pequeno, ele nunca havia passado por uma humilhação como a de hoje.
Bruno não lhe deu nenhum respeito!
A raiva queimava dentro dele, pronta para explodir, mas a razão grit