Bruno segurou as mãos inquietas de Juliana, forçando-a a encará-lo diretamente.
Ele perguntou, com a voz firme:
— Ju, quem sou eu?
Quem...
Juliana ficou momentaneamente confusa, mas logo foi consumida novamente pela onda de calor que queimava seu corpo.
— Gustavo...
Apesar das palavras difíceis de entender, aquele único nome foi suficiente para fazer o rosto de Bruno escurecer imediatamente.
— Calor...
Se Juliana não tivesse mencionado o nome de Gustavo, talvez Bruno estivesse disposto a suportar até chegarem à mansão, mantendo-se implacável como uma estátua de gelo para acalmá-la.
Mas agora...
Sem dizer mais nada, Bruno ajustou novamente o casaco sobre ela e ordenou ao motorista que colocase o ar-condicionado no máximo.
— Segure firme.
O carro acelerou, e a tensão que antes preenchia o ambiente dissipou-se por completo.
Juliana, no entanto, estava em agonia.
Tentou se libertar do aperto firme de Bruno, mas sua força era insuficiente. Frustrada, mordeu o braço dele.