Capítulo 0007
Gustavo sentiu uma sensação ruim se espalhando pelo seu coração.

Na Cidade A, pessoas com o sobrenome Mendes eram poucas, praticamente contáveis nos dedos de uma mão.

E alguém chamado de “Sr. Mendes” só poderia ser seu tio, Bruno.

A porta da sala de interrogatório abriu-se novamente.

E, como Gustavo temia, quem entrou foi Bruno.

Vestindo uma camisa branca abotoada até o colarinho, colete cinza e calças pretas que destacavam suas longas pernas, Bruno exalava elegância.

Seus traços eram profundos, a beleza impecável, e o cabelo preto, curto e bem penteado, completava a imagem.

Os olhos, por trás das lentes, refletiam uma frieza cortante.

Sua presença era autoritária e austera, quase intimidadora.

— Sr. Bruno.

O policial Elder foi o primeiro a cumprimentá-lo.

Bruno respondeu com um breve “Sr. Elder” e entregou a sacola de presentes que carregava.

— Isto é de Isaac. Ele pediu que eu entregasse pessoalmente.

Isaac, um jovem gênio científico, era um de seus funcionários
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