As passagens escuras pareciam se fechar em volta de Tupã, como se as paredes pulsassem ao ritmo de uma vontade oculta, conspirando para prendê-lo. O cheiro de terra úmida e mofo enchia o ar, e cada passo, por mais leve que fosse, reverberava como um sussurro traidor pelo labirinto de pedra.
O jovem mapeava o local mentalmente, os olhos analisando cada detalhe — a disposição das pedras, os padrões sutis das sombras e as irregularidades nas paredes. Tudo podia ser uma pista. Tudo podia ser uma ameaça.
Ajustou a aljava nas costas e firmou a mão no arco, os músculos tensos. Uma sensação persistente o acompanhava, como o peso de olhos invisíveis fixos em suas costas.
— Nada aqui é por acaso — murmurou, a voz baixa como o vento entre as árvores.
E ele estava certo.
Um som pesado, como pedra sendo arrastada, ecoou à sua frente. Tupã parou imediatamente, o coração pulsando com força, os sentidos em alerta máximo. De dentro da escuridão, surgiu uma figura colossal, um homem cuja presença pareci