Mundo de ficçãoIniciar sessãoIsabela
Nós dois ficamos quietos por um tempo. Pensei que nunca mais encontraria alguém que estivesse disposto a me ajudar. E contra o Marcos! No entanto, se eu aceitasse. Lucas ele certamente ficaria em perigo, não iria aceitar isso. Marcos tem uma força e ele é perigoso! Sem falar que nunca está sozinho, eu fico até nervosa e temo pela vida de Lucas! — Lucas, muito obrigada por estar preocupada, mas sei que há perigos lá. Se alguma coisa te acontecer. Nunca iria me perdoar pelo fato de que eu havia te colocado nessa enrascada! Eles me conhecem, e ninguém mexe comigo por ordem do chefe do Morro. Disse revirando os olhos, eu não consigo nem mencionar o nome deste homem do quanto que tenho ódio dele! — Tudo bem, eu agradeço a carona, posso daqui mesmo me virar sozinha. Volte e espere minha decisão, por favor? Ele concordou mesmo com essa minha decisão, Lucas percebeu meu olhar de tristeza e ele perguntou porque eu não vou para outro lugar seguro? Havia mencionado sobre a dívida e contei sobre o meu pai e os vícios, a morte prematura da minha mãe e ele ficou tão chateado ao ouvir um pouco de minha história, não mencionei sobre a boate. — Por isso que acredito que você tem que aceitar esse dinheiro, vai ajudá-la com esse marginal! — Agora, sim, eu não quero deixá-la ir sozinha, vamos juntos! Dei um sorriso sentindo meu coração saltando pela boca, era como se fossemos namorados, eu me apeguei por um momento e voltei a pisar no chão que a realidade era outra coisa. — Você não tem mesmo preconceito? Agora que sabe que sou da favela e apesar de tudo, tem pessoas de bem e elas sofrem com tudo isso e eu gosto daquele lugar e a única coisa que me traz tristeza são aqueles homens. Ele mencionou sobre o roubo, quando eu iria responder, Lucas tocou no meu rosto, suspendendo meu queixo e disse que não tinha preconceito. O rosto dele estava muito próximo ao meu, eu fechei os olhos imaginando que seria beijada e ele voltou a atenção para o celular que tocou. — Só um momento. Isabela. Tenho que atender a essa ligação, tudo bem? Digo que sim, então penso nas palavras dele e era inacreditável que ele não tenha preconceito sobre a minha comunidade. Geralmente as pessoas pensam assim, Alice, ela perdeu muitas vagas de emprego por conta disso e é por isso que ela mentiu para a família de Edgar. O frio e a brisa sopraram nos meus cabelos, nossa temia, mas o Lucas voltou falando que era a mãe dele. Ela estava preocupada, sorri ao pensar nela que é uma mulher muito agradável. — Ela está bem? — digo sorrindo — Sim, ela não para de falar sobre você quando vou te levar para vê-la novamente, a minha mãe nunca gostou da Lola. Mas ela respeitava e isso era por mim, então, você é a primeira pessoa que ela simpatiza e isso aconteceu de primeira. — Eu também gostei muito dela, quem sabe eu possa visitá-la algum dia? — digo ouvido algo e era o carro do Igor! Foi tão rápido que eu disse precisar ter um abraço dele, Lucas não entendeu, estava muito confuso e eu empurrei o fazendo encostando no carro. Ele inclinou-se quase me abraçando, então parou dizendo: — Isabela, o que está fazendo? Por que você do nada ficou estranha? — ele disse olhando para mim, eu voltei a manter a cabeça baixa. Estou abraçada, mergulhando a cabeça no casaco dele e tentando me esconder. Ocultar meu rosto. — Por favor, não se mexa, te explico depois e agora fique quieto! — digo baixo. — Lucas, não olha, mas esse carro vem com esses homens. Eles são os sentinelas do Morro, eles não podem me ver com você! — Finja que está com uma namorada e não olhe para eles, nem por um momento! Caso contrário você terá problemas… As mãos dele entrelaçaram tocando suavemente na minha cintura, seu queixo repousou na minha cabeça. Senti um cheiro de perfume nas minhas narinas, gostoso e delicioso, fechei os olhos ouvindo o coração dele batendo alto, então não era só eu. Continuei a abraçá-lo, segurando as minhas mãos nas costas e encostando ainda mais para perto dele, sentindo as suas fortes mãos e, ao mesmo tempo, os barulhos de motos passando rápido me fizeram tremer de medo. Ele se inclinou, fingindo estar me beijando, com a testa dele encostada na minha. Os homens passaram, eu senti um suspiro de alívio, mas quando Lucas disse algo sobre o líder do Morro, que conhecia, e, então, senti algo duro na minha barriga. Só uma vez, eu vi um homem sem roupas e com aquele negócio duro. Por curiosidade, estava sem fazer nada e naveguei no site proibido, era cada coisa! Lucas deve ser lindo sem essas roupas… ouvi-lo murmurando baixo aquele momento, era isso, eu deixei-o desse jeito? Lucas evitou o meu contato, que olhasse para a ereção dele. Sempre quis ver um homem de perto e desnudo. Não sei como é ver um pau de perto. — Por acaso, você ficou duro?— disse ao vê-lo sorrindo e aquele volume. Lucas perguntou se eu tinha interesse nisso? Quando ele apertou as têmporas do rosto. — Esqueça o que falei. Isabela, escute e por favor entre no carro, eu vou te levar para área segura! Fiquei a assimilar que ele havia dito, quando ele me chamou dizendo: — Eu ainda sou capaz de me controlar, mas se você continuar me olhando dessa maneira. Agora mesmo sou o seu maior perigo. Isabela, entendeu? — Estou no meu limite, e então… Lucas sorriu e disse: — Você é bela, Isabela, mas não vou fazer nada com você. Não sou tarado, mas se quiser por livre e espontânea vontade? Fiquei nervosa, ele sorriu. — É bonita e engraçada, mas não vou fazer nada com você. Entre no carro! Lucas realmente foi sincero comigo e ele até estava soando. Mais uma vez seu olhar se voltou para mim, quando eu lhe disse que não seria uma boa ideia ficarmos parados naquele lugar, pois ele não iria suportar. — Você é linda, acredito que escute isso o tempo todo?— Ele disse sorrindo, fazendo meu coração se iludir e acelerar diante aquelas palavras tão lindas de ouvir. — Eu escuto, mas não é desse jeito tão educado, você é muito gentil. Acho que esse frio não me fez bem, sinto meu coração acelerado… Toquei no meu peito e ele perguntou se eu estava bem? Quando senti meu coração acelerado, meu corpo leve, a sensação diferia, invadindo o meu ser. — Eu… acho que estou morrendo! Infartando, não posso morrer! — Como assim? — ele pisou fundo no freio, olhou para mim analisando o que estava errado comigo? — Estou bem, estava falando metaforicamente, é que senti meu coração acelerado… — Ah, sim. Ok, proponho seguirmos, você disse que tem uma dívida com o dono do Morro. Esse homem é bruto como você e sua família? Quando digo: — Sim, ele é o infeliz que matou a própria esposa e foi devido a uma traição, ele é um homem que não se deve olhar nos olhos. Marcos é impiedoso, por isso estou presa aquele lugar do qual lembro do sofrimento de minha mãe… Era impressionante como eu me sentia bem para conversar com ele, isso me lembra meu amigo Armandinho. Não tenho notícias dele, será que adoeceu? Quando Lucas arrastou o carro, ele permaneceu em silêncio respeitando meus pensamentos, eu olhei para ele de lado, mordi os lábios por vê-lo tão concentrado nas estradas. Como poderia haver tamanha beleza? Como essa mulher ordinária atreveu-se a abandonar esse homem tão lindo? Quando ele olhou para mim, desviei o meu olhar dele, meu celular tocou. Alice chorando e falando onde eu estava? Ela precisa de mim, eu fiquei nervosa e ele perguntou ao me ver desligar o celular e colocar na bolsa. — Minha irmã, Alice, acho que está relacionada ao noivo dela e a família dele. Você poderia me responder uma pergunta sobre uma moça que estou procurando? Ele disse que sim, então sou direta: — Camila, ela vive com vocês? — Desculpe, esqueça, é naquele lugar que deve parar! — digo apontando para a rua. — Camila, ela não vive na mansão da minha família. Acontece que ela e o meu irmão Luan, antes do meu abandono no altar, eles tiveram um caso, mas um dia Luan disse que eles não estavam mais juntos. Não sei o que aconteceu. Fiquei surpresa e, ao mesmo tempo, curiosa para saber sobre isso, como assim Luan e minha irmã, então Lola falava dela? “Eu coloquei aquela mulher em seu devido lugar” — Por que você está se perguntando, vocês conhecem? Ela trabalha na minha família e cuida da nossa sobrinha, filha da minha irmã Milena… — Por que você está chorando? Falei algo errado com você? — Não, falou… é que alguns anos atrás a minha irmã foi embora e eu acredito que essa Camila é a minha irmã que trabalha na sua casa, então eu só senti saudade dela. — Obrigada pela carona, agora posso seguir, eu dei caminho menos perigoso. Obrigada, Lucas, você não é um canalha que eu pensava quando te conheci. Ele sorriu, então parou o carro, agradeci pela ajuda e ele sorriu lindamente dizendo: — Vou esperar sua resposta. Isabela, por favor, só aceite, eu prometo que vou encontrar uma solução para ajudá-la com esse problema. Lucas entrou no carro dele e acenou, ele ficou olhando meus passos, então segui ao vê-lo passar por mim e dar a curva. Quando já estava longe o suficiente, eu agradeço aos céus, mas o cheiro dele tomou conta do meu corpo. Caminhei até sentir meus pés dormentes, pensei nele e em todas as sensações que tive nesta noite, conhecê-lo, eu não tive oportunidade de contar sobre o heleno, nem aquele roubo. Pensei que ele desistiu e voltou, quando o sorriso dos meus lábios morreu e não era a buzina do carro do Lucas e sim de outra pessoa. — Isabela, o que faz aqui a essa hora? Entre no carro, vou subir o morro e você vem comigo, eu não vou falar duas vezes! — disse Marcos, o dono do Morro. Ele estava no carro com vidro escuro, ele estava usando óculos, ao lado dele estava o Igor e o Alan, Marcos olhou para mim de cima a baixo, ele perguntou o motivo pelo qual estava nessa parte da estrada, era perigoso, quando ele disse: — Entra no carro Isabela, você está surda… Você me bloqueou duas vezes.






