Depois do confronto Evelyn retornou para sua casa, ao entrar Caminhou até a janela, observando o jardim lá fora — o mesmo onde Robert costumava brincar quando criança, correndo entre as roseiras sem medo de se arranhar. Lembrou-se de como ela mesma o impedia de ir longe demais, sempre com uma palavra dura ou um olhar reprovador.
— Eu só queria o melhor pra você… — sussurrou para o vazio, como se Robert pudesse ouvi-la.
Mas agora ela via que seu "melhor" era, na verdade, o medo disfarçado de amor. Medo de perdê-lo, de não ser mais necessária, de ver o filho tomar caminhos que ela não poderia controlar.
Lágrimas silenciosas escorreram por seu rosto. Pela primeira vez, Evelyn não sentia apenas remorso — ela sentia vergonha. Vergonha por ter sido cega ao ponto de quase empurrar o filho nos braços de uma mulher manipuladora, só porque Julia se encaixava na imagem que ela mesma havia idealizado como perfeita.
O som da porta se abrindo tirou-a dos pensamentos.
— Mãe?
Era Robert. Estava parado