Na manhã seguinte, Evelyn ligou para Júlia, com uma voz calma, mas firme.
— Júlia, gostaria de conversar com você. É importante. Podemos nos encontrar hoje?
A voz do outro lado da linha foi suave e um tanto desconcertada, como se não esperasse um chamado assim de Evelyn.
— Claro, Evelyn. Quando você puder, estou à disposição.
Evelyn marcou um encontro para a tarde, no café da cidade. Quando chegou, Júlia já estava lá, esperando com aquele sorriso elegante e carismático que sempre a acompanhava. Mas Evelyn não estava ali para os sorrisos ou os jogos de aparência. Ela estava ali para a verdade.
Sentou-se diante de Júlia, com um olhar fixo e direto, sem rodeios.
— Júlia, precisamos conversar sobre algumas coisas. Eu não sei por onde começar... A carta de um tal Lucas caiu em minhas mãos. E eu… eu fiquei chocada com o que li.
Júlia ficou pálida por um segundo, mas rapidamente recuperou a compostura. Ela sorriu, mas a expressão não alcançou seus olhos.
— Lucas? Oh, Evelyn, isso é coisa do