Ela o havia perdoado. Por que ele não podia perdoá-la?
Emanuel ficou momentaneamente perplexo.
- Inês, você não me amava muito antes?
Inês olhou para as nuvens brancas flutuando fora da janela do avião, contendo a dor em seu coração.
- Agora eu não te amo mais.
Amar alguém que não te ama de volta é doloroso, e Inês teme essa dor.
Por isso, ela não queria se torturar desse jeito.
Emanuel cerrava os punhos, tentando controlar a fúria que ameaçava explodir de seu peito.
Não me ama mais?
Houve um momento de silêncio, a atmosfera ficando mais tranquila.
Quando Inês pensou que Emanuel fosse se enfurecer, ele surpreendentemente falou com uma voz gentil:
- Tudo bem, se você não me ama, não ama. Só quero que você fique ao meu lado.
Inês ficou imóvel, um sorriso sarcástico se formando em seus lábios.
- Emanuel, você tomou o remédio errado?
Emanuel segurou a mão de Inês.
- Inês, eu te disse que tenho tempo e paciência. Esperarei até que você se apaixone por mim novamente. - Inês ficou sem palavra