Amor Incendiário: A Caça da Esposa
Amor Incendiário: A Caça da Esposa
Por: Lavínia Frota
Capítulo 1
- Vamos nos divorciar. Trinta milhões, o suficiente para você viver confortavelmente pelo resto da vida. Assine o papel, e saia daqui imediatamente!

Casados por dois anos, Inês Ribeiro nunca imaginou que Emanuel Antunes viria até ela pela primeira vez com a intenção de se divorciar.

- Emanuel, por que você quer se divorciar? Foi algo que fiz errado? Eu posso...

- Encontrei a Dora. - Interrompeu Emanuel, com um tom frio.

Inês ficou perplexa. Dora?

- Mas a Valentina disse... Que ela já tinha falecido...

- Cale a boca! - Emanuel repreendeu com raiva.

Ele não suportava ouvir uma única palavra negativa sobre ela!

Inês apertou os lábios com força, sentindo como se seu coração tivesse sido cortado por uma lâmina, tornando a respiração difícil.

Ela sempre soube que Emanuel guardava uma lembrança de um amor passado em seu coração.

Nos últimos anos, ele havia procurado por ela incansavelmente em todo o mundo.

Ele até tatuou o nome dela em seu peito.

Emanuel estava profundamente apaixonado por aquela mulher chamada Dora.

Assim como ela estava profundamente apaixonada por ele.

- Emanuel, eu não quero me divorciar de você. Podemos não nos divorciar, por favor? Eu te amo...

Havia dois anos, ela tinha caído de um penhasco, e Emanuel a havia resgatado.

Ela estava ferida e sem memória, e a primeira pessoa que viu quando acordou foi ele.

Naquele momento, ela se apaixonou por ele.

Emanuel olhou para Inês com indiferença e disse:

- Inês, eu não te amo!

O coração de Inês se apertou, e as lágrimas brotaram como uma fonte.

Por mais que ela o amasse, no final das contas, ele não a amava.

Inês sabia que, em seu coração, sempre houve apenas uma "Dora".

- Sr. Emanuel, o helicóptero está pronto. - Relatou apressadamente Fabiano Costa, o assistente de Emanuel.

Emanuel olhou brevemente para o acordo de divórcio sobre a mesa e ordenou:

- Assine. Você tem dois dias para sair daqui!

Ele disse isso sem hesitar e saiu imediatamente.

- Emanuel! - Inês correu até ele e o abraçou com força. - Por favor, não vá! Não me deixe!

Um olhar assassino passou pelos olhos de Emanuel, e ele a empurrou com força.

- Solte-me!

- Ahh!

Inês perdeu o equilíbrio e caiu para trás, batendo a testa com força no chão.

Emanuel olhou friamente para Inês, que estava deitada no chão sem se mover, e subiu no helicóptero sem olhar para trás.

Cinco anos se passaram, ele procurou por Dora durante cinco longos anos, e agora finalmente recebeu notícias dela!

Emanuel segurou com força o anel de diamante negro em sua mão, ansioso para encontrá-la.

Inês se levantou lentamente do chão, uma mão esfregando a testa, e olhou com olhos gelados para o helicóptero que se afastava lentamente. O amor e a tristeza, profundos em seu rosto, se transformaram em fúria contida.

- Argh! Homem canalha!

Inês entrou no quarto e, sem hesitação, assinou o acordo de divórcio.

Em seguida, pegou o celular e discou um número.

- Alô, quem é?

- Sou eu.

Assim que Inês terminou de falar, o homem do outro lado da linha respondeu abruptamente:

- Você está maluca? Como é que eu deveria saber quem você é?

Inês arqueou a sobrancelha e disse:

- Você nem reconhece minha voz, Rahman? Estou ficando fraca para segurar uma faca ou você está distraído!

O homem do telefone ficou em silêncio por dois segundos e então gritou de repente:

- Inês.

- Isso mesmo.

Mal ele terminou de falar, uma voz masculina e azeda veio do telefone:

- Desaparecida por dois anos e sem notícias, eu pensei que você tinha fugido com algum selvagem.

- Eu compartilhei minha localização com o seu celular, venha me buscar!

...

Na manhã seguinte,

Inês saiu da mansão e uma deslumbrante Ferrari enfeitada com diamantes se aproximou.

- Querida...

Um homem loiro de olhos azuis, com traços faciais esculpidos, saiu do banco do motorista e abraçou Inês calorosamente.

Inês o empurrou impiedosamente e abriu a porta do carro para entrar.

Rahman Alves ficou magoado e bateu o pé com indignação.

- Mulher sem coração, atravessei a noite inteira vindo do país M para estar aqui, e é assim que você me trata!

Inês o olhou de soslaio.

- Não seja exagerado!

Rahman entrou no carro e continuou.

- Não dá para evitar, eu sou o rei da extravagância, imbatível em todos os lugares!

Inês não se deu ao trabalho de responder, limitou-se a dizer de forma simples:

- Vamos embora.

Ela não pertencia a este lugar.

Assim como Emanuel não pertencia a ela.

Depois de dois anos sendo tratada como um saco de pancadas, agora, finalmente, ela recuperou a memória. Era hora de começar a investigar quem foi o responsável por feri-la e fazê-la perder a memória naqueles dias!

Dois dias depois, Emanuel retornou à mansão, exausto da viagem. Assim que chegou, trancou-se no quarto.

Ele recebeu informações erradas. Aquela mulher não era a Dora. Ele fez a viagem à toa.

Uma enorme desilusão quase o afogou por completo.

Nesse momento, o empregado bateu à porta e entregou a ele o acordo de divórcio.

- Sr. Emanuel, a senhora já assinou os papéis do divórcio e partiu. Quando partiu, não levou nada consigo, incluindo o cartão bancário que o senhor lhe deu.

Emanuel franziu a testa. Essa mulher estava mesmo tentando sair sem nada?

Com aquela personalidade de chorona e frágil, parecendo uma pequena flor branca, e sem saber de nada, se não tivesse dinheiro, em menos de dois dias ela passaria fome nas ruas.

Hum! Era muito provável que ela estivesse tentando se fazer de vítima para ganhar simpatia.

Emanuel falou decididamente:

- Trate de realizar o divórcio o mais rápido possível!

Ele não queria prolongar esta situação, para evitar surpresas desagradáveis!

Logo após o empregado sair, o assistente Fabiano, entrou e disse:

- Sr. Emanuel, a senhora...

Emanuel franziu ainda mais a testa:

- Ela voltou?

Ele sabia que essa mulher não desistiria facilmente do casamento.

Fabiano explicou:

- Não, não é isso. A mídia flagrou a senhora e o jovem herdeiro da família Alves, família mais rica do país M, saindo e entrando do hotel e ficaram juntos à noite inteira.

Emanuel ficou com uma expressão sombria.

"Inês conhecia Rahman? E os dois saíram juntos do hotel e passaram juntos à noite inteira?", pensou ele.
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