Lorena olhou para ele com calma, falando em um tom descontraído:
— Então eu mesma espalho a notícia. Eles certamente vão vir me procurar, e assim economizo trabalho.
As pupilas de Caetano se contraíram levemente enquanto ele a encarava, incrédulo.
Que audácia! Ela estava usando a própria vida como ameaça contra ele.
Ela também o observou por um instante, sem pressa, como se tivesse certeza de que ele iria ajudá-la. Encostada no sofá, esperava pacientemente por sua resposta.
Afinal, encontrar a Base Pioneira era algo que só ele poderia fazer.
Caso contrário, ela nem teria vindo procurá-lo, já que não era exatamente algo simples.
Hebe, por outro lado, continuava como espectadora, assistindo a tudo em silêncio enquanto "comia pipoca". Em sua mente, contou trinta segundos.
E, assim como imaginado, no trigésimo segundo, Caetano cedeu. Ele bufou com frieza e disse, irritado:
— Certo, eu procuro. Eu devo ter te devido algo numa vida passada!
Hebe deu de ombros com um olhar