Ximena Valverde
Eu estava cega, querendo defender uma das pessoas que mais amava no mundo, mas esqueci de um detalhe, e com isso, estava colocando alguém em risco, a pessoa que eu mais amava. Foi só quando os trogloditas dos seguranças — um deles que me pegou pela barriga — que eu lembrei do meu filho no meu ventre e o mal que a minha atitude poderia fazer a ele.
Mercês gritava, mandando os homens me levarem, me darem uma surra e me jogarem no porão, então me deixarem lá para que eu morresse. Não sabia até que ponto suas palavras eram apenas um momento de raiva, ou verdadeiras. E no meio do desespero, com o medo latente de que o meu bebê sofresse as consequências dos meus atos, eu gritei:
— ME SOLTEM, EU TÔ GRÁVIDA!
— GRÁVIDA?! — o ódio no olhar dela aumentou substancialmente. — OLHA COMO ESSA SMILINGUIDA ME DEIXOU! SURRE ELA ATÉ QUE PONHA ESSE BASTARDO PELA BOCA, OU QUALQUER OUTRO BURACO! — seu ódio foi cuspido em cada palavra dita.
— Experimenta me machucar, e sabe o macho que