Ficaram em total silêncio até chegarem a área externa dos fundos do hospital, que naquele horário estava parcialmente vazia. Sara sentou e aguardou Robson sentar antes de recomeçar a conversa.
— Obrigada por proporcionar um pouco de alegria as crianças.
— Não tem o que agradecer. Me diverti também. Fazia um bom tempo que não manejava meus amiguinhos — comentou, a mão batendo de leve na maleta com os bonecos.
— Permiti sua passagem hoje, mas não é uma boa ideia que retorne — anunciou em parte incomodada por dizê-lo.
Robson a encarou com atenção.
— Diz isso por causa do seu marido?
— Sim — confirmou, sentindo uma ponta de vergonha. A atitude de Robson, mesmo que com interesse suspeito, foi bondosa para com as crianças. Mesmo assim, foi obrigada a justificar: — Rodrigo não vai gostar de te ver por aqui. E não acreditará que você veio visitar um amigo internado e acabou, por acaso, na ala em que trabalho.
Robson riu.
— Vejo que continua esperta.
Sara sorriu.
— Sempre.
Correspond