E o ano de 2005 passou lento, parecendo que tinha dois dias dentro de um.
Na noite da virada de 2005 para 2006 sequer saí do meu quarto e como não ouvi fogos, imaginei que dormi antes da meia-noite.
Não dirigi... Simplesmente porque cada vez que colocava a mão no volante era como se um flashback passasse pela minha cabeça: Pipeline na janela, a lomba gigantesca, o cão atropelado que não morreu, o homem do estacionamento que me guiou de forma errada propositalmente e alguém com a arma na minha cabeça me mandando descer do carro.
Então eu respirava fundo e descia, incapaz de seguir em frente.
Eu imaginava que todas as pessoas tinham suas limitações e medos, por mais que não quisessem admitir. Mas no meu caso, eles pareciam tantos... E impossíveis de serem superados.
Quando precisava ir para o trabalho, geralmente Patrick me levava aos lugares em que eu p