MIRELA
Já era noite quando o Thiago me mandou mensagem dizendo que ia jantar e que chegaria tarde. Aquelas palavrinhas me soaram como desculpa.
Ele tava me evitando, claro. E tava arrependido.
Dava pra sentir.
Pedi uma pizza, comi sozinha na cozinha, no silêncio da casa que ontem tava cheia de gemido e hoje parecia um túmulo.
Depois fui direto pro meu quarto.
Tentei ver um filme, mas não consegui prestar atenção em nada. Meu corpo ainda lembrava do toque dele, da boca dele, do jeito que ele me olhava.
Deitei, abracei o travesseiro e dormi rápido. Mas no meio da madrugada acordei com um som alto vindo da sala.
Música. Risadas. Gente falando alto.
Levantei devagar, pé no chão frio, e fui até a porta do corredor que dava para sala. Abri só uma frestinha, sem fazer barulho, e a cena que vi… me travou.
O Thiago.
Em pé no sofá.
Molhado.
Nu.
Duas mulheres ajoelhadas na frente dele, chupando ele ao mesmo tempo enquanto ele jogava a cabeça pra trás, gemendo. Meu coração disparou. Eu nem sa