Norah Narrando
O dia tava arrastado, e por mais que eu tentasse manter o foco, minha cabeça insistia em voltar pra ele. Alexander não ligou, não mandou mensagem, nada. Fingi pra mim mesma que não me importava, que ele devia estar resolvendo coisas na empresa, mas a verdade é que eu sentia falta até do jeito rabugento dele reclamando dos exercícios. Respirei fundo, tentando me convencer a deixar isso de lado.
No hospital, decidi mergulhar no trabalho. Passei o dia ajudando alguns pacientes, reorganizando minha agenda e revisando relatórios que estavam pendentes. O tempo passou rápido entre consultas e prontuários, mas mesmo assim, a imagem dele não saía da minha cabeça, aquele olhar firme, o sorriso de canto, o jeito como dizia meu nome. Foco, Norah, repeti pra mim mesma, ajeitando o jaleco.
Quando o sol começou a se pôr, senti o cansaço bater. Peguei minhas coisas e fui pra casa. Assim que abri a porta do apartamento, o cheiro delicioso de comida invadiu o ar.
— Que cheiro é esse? —