Norah Narrando
Cheguei em tão, tão distante. Esse homem realmente veio se esconder do mundo. Mas, ah, Alexander ele ainda não aprendeu que eu sou persistente. Quando eu coloco algo na cabeça, não há distância, obstáculo ou silêncio que me faça desistir. E eu quero ajudá-lo, nem que pra isso eu tenha que ir até o fim do mundo.
A estrada era longa, de terra batida, e o carro levantava poeira por todos os lados. O sol já começava a se pôr, tingindo o céu de tons alaranjados e rosados. O ar do interior tinha aquele cheiro de mato, de liberdade, de vida simples. Enquanto dirigia, senti o coração acelerar, uma mistura de nervosismo e esperança. Eu não sabia como ele ia reagir me vendo ali. Talvez gritasse, talvez mandasse eu ir embora. Mas eu precisava tentar.
Quando vi a placa de madeira desgastada com o nome “Fazenda William”, reduzi a velocidade. A porteira era enorme, antiga, e rangia com o vento. Parei o carro em frente, respirei fundo e desci. O calor da tarde se misturava ao cheiro