Alexander Narrado
Acordei com uma voz suave, mas insistente, ecoando no quarto. Ainda meio sonolento, senti uma claridade forte invadir meu rosto. Apertei os olhos e resmunguei.
— Que diabos é isso?
Quando abri os olhos, lá estava ela — Norah — puxando as cortinas com a maior tranquilidade do mundo, deixando o sol invadir o quarto inteiro.
— Com ordens de quem você entrou aqui e abriu essas cortinas? — perguntei, a voz rouca, irritada.
Ela se virou pra mim com aquele sorriso provocante que parecia ter prazer em me contrariar.
— Não preciso de ordens, senhor William. Já está na hora de acordar.
Cruzei os braços, tentando manter a autoridade que ainda me restava.
— Eu sou dono do meu próprio horário, doutora.
Ela deu um passo em minha direção e disse com uma calma irritante:
— Paciente não é dono de nada, senhor William. O seu corpo precisa de rotina, e eu também não vim até aqui pra te ver dormindo até o meio-dia.
Antes que eu pudesse retrucar, o enfermeiro apareceu na porta. Norah ol