CAPÍTULO XVII
SANGUE E AMBIÇÃO
Fortaleza da Passagem
Terras Baixas do Império
As mãos da duquesa Lila Chamarrubra tremiam ligeiramente, fazendo balançar a bebida na taça de cristal. O estresse daqueles dias era quase insuportável. Ela sentia coisas caminhando sob a pele e arranhava os braços compulsivamente. A bebida era um dos poucos alívios. Quando o calor do vinho começou a falhar, partiu para os destilados, que causavam um efeito mais imediato e prolongado.
Lila observava o marido, Matthew, parado junto à janela em longo silêncio, como se esperando que uma ave portando boas notícias fosse pousar a qualquer momento. Ela acreditava que o velho estava finalmente ficando senil, como se o acúmulo de tantas amarguras finalmente tivessem vencido a sanidade.
Ela não negava que a iminente execução de seu único filho homem, Maurice, também a convidava à loucura. Por sorte, as flores do mal, os passaportes para a insanidade, eram devidamente afogados em mares de rum e uísque, que ela sorvia