Artur Mendonça
— Muito bem, já recolhemos o seu depoimento. Ficará detido até a audiência com o juiz — o delegado determina, sua voz firme e inabalável.
— Como é? — Questiono entre os dentes, tentando conter minha raiva. — Sabe quem eu sou?
— Um infrator — responde friamente, me fazendo ranger os dentes.
— Não pode me manter aqui! — Exclamo, com a voz mais alta.
— Aqui você é só mais um, oh queridinho — a delegada Mendonça me interrompe, sua voz gotejando sarcasmo. — E se levantar sua voz de novo, será preso por desacato a autoridade — ameaça, seus olhos brilhando em desafio.
Fecho minhas mãos em punhos, sentindo a raiva crescer cada vez mais dentro de mim. Minha respiração fica pesada, e luto para manter a compostura enquanto me encaram impassíveis.
— Escute, vocês estão cometendo um erro — digo, tentando controlar minha voz, embora ela saia trêmula de frustração.
— E agrediu um oficial de justiça no processo — o delegado interrompe, sua voz fria e cortante.
— Apenas pus minha mão em