Capítulo 31: Ilusões não respiram

Fernando Duarte:

— Aaah! — Grito, enquanto com força lanço tudo o que estava sobre o balcão ao chão. Os potes de tempero e os pratos de porcelana estilhaçam-se em cacos, espalhando-se pelo piso da cozinha. Merda, merda, merdaaaa!

O som estridente dos estilhaços e dos talheres misturam-se ao apito do temporizador, indicando que o macarrão de forno preparado por Laura já está pronto.

Ignoro os pedaços de vidro sob meus pés descalços, sinto o impacto agudo das lascas perfurando a minha pele, mas não dou importância. Pego a luva térmica ao lado do fogão e retiro a forma fumegante do forno, coloco-a abruptamente sobre a bancada.

As lágrimas queimam nos meus canais lacrimais, acumulam-se nos meus olhos e escorrem livremente por minhas bochechas. Soluços sufocam a minha garganta, apoio as minhas costas no balcão, deslizo até estar sentado no chão frio dessa cozinha. O cheiro metálico do sangue misturado ao aroma do macarrão invade as minhas narinas, mas não me importo. Nada disso importa ago
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