RETROSPECTIVA — LÉO, O JOGO ANTECIPADO (VERSÃO FINAL)
Ainda era madrugada quando a van preta parou em frente ao prédio da Vellamo & Co. Léo entrou no banco do passageiro como quem marcha pra uma guerra — ou pra salvar o que restava da alma do pai.
Miguel já estava lá dentro, rindo da própria cara amassada.
— A essa hora o inferno ainda tá em reforma, sabia?
Léo não respondeu. Só ajustou o relógio no pulso com a precisão de quem não tolera perder nem segundos — e muito menos heranças.
Porque aquilo não era só um contrato. Era legado.
No banco de trás, Simone, a secretária geral com postura de general, organizava as últimas atualizações da equipe. Natália, a advogada sensual e afiada como lâmina, digitava ferozmente no notebook. Do lado dela, Samuel, o supervisor de campo — discreto, mas letal quando necessário.
O jato os esperava. E ninguém ali achava que era só mais uma reunião.
Léo menos ainda.
Enquanto ouvia as discussões técnicas sobre o projeto da nova central da Vellamo & Co. em